Apresentação:

A ATAHCA – Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave, encontra-se sediada na Rua Condestável Nuno Álvares Pereira, nº 356/380, freguesia de Barbudo, concelho de Vila Verde, distrito de Braga.

Foi constituída por escritura pública no Cartório Notarial de Vila Verde, com a atribuição do número de Pessoa Colectiva 503408077, sob a forma jurídica de Associação sem fins lucrativos, tendo por objectivo a Promoção do Desenvolvimento Rural Integrado.

Foi fundada a 4 de Setembro de 1991, por um conjunto de Entidades Locais ligadas ao Desenvolvimento Rural da Região. As referidas entidades, constituem-se por: Autarquias Locais, Regiões de Turismo do Verde Minho e Alto Minho, Caixa de Crédito Agrícola, Cooperativas Agrícolas e de Artesãos, bem como, outras entidades colectivas locais e pessoas a título individual.

Actualmente, a área de actuação da ATAHCA estende-se aos concelhos de Amares, Vila Verde, Terras de Bouro, Póvoa de Lanhoso e mais recentemente Braga e Barcelos, sendo estes abrangidos por apenas algumas freguesias.

A ATAHCA é uma entidade que desenvolve formação desde 1994, sendo as primeiras acções desenvolvidas nas aldeias e dirigidos aos novos empresários de turismo em espaço rural, apoiadas pelo Leader I ainda num contexto pré-acreditação. Ainda na década de 90, foi apresentado o primeiro pedido de acreditação ao extinto INOFOR. Seguiram-se diversos processos de acreditação ao INOFOR, IQF e actualmente DGERT. Desde o primeiro momento tem-se desenvolvido formação em diversas áreas, em particular na agricultura, turismo, informática, comércio, área social, jardinagem, gestão e administração, artesanato, têxtil e electricidade.

A formação desenvolvida pela ATAHCA foi na sua maioria apoiada por diversos programas, tais como IEFP, POEFDS, EQUAL, POPH, LEADER, entre outros. Algumas destas acções tinham uma vertente escolar e profissional e outras apenas tinham objectivo profissional.

Temos ainda em funcionamento, desde 2006, o Centro Novas Oportunidades da ATAHCA.

 

O Centro Novas Oportunidades da ATAHCA pretende dar continuidade ao desenvolvimento integrado e ao trabalho de campo baseando-se na experiência ao nível do centro mas também de outros projectos comunitários (Leader, Agris, Agro, POEFDS, PEPS, PEETI, PRODER, POPH – Cursos de Educação e Formação de Adultos e Inclusão) que exigem proximidade com a população local, conhecendo as problemáticas que afectam essa mesma população.

Os territórios de baixa densidade sentem o problema da “desertificação social”, do “despovoamento”, do “desemprego”, e da “desmotivação”, para contrariar esta tendência é necessário muito trabalho, muita dedicação, muito espírito de missionário, mas tudo só é possível com “estratégia”, com “esperança”, com a criação de “emprego” e com o desenvolvimento da “economia social”. Se não houver estratégia, esperança no futuro, criação de novos empregos e desenvolvimento da economia social, corremos o risco de daqui a alguns anos encontrarmos neste mesmo local ou noutro qualquer, a dizermos que temos aldeias fantasma sem população.

Relativamente aos objectivos atingidos, estendemos os serviços do CNO a localidades mais isoladas de forma a abrir novos horizontes a essas populações, dado a abrangência da área de intervenção. A população activa possui baixos níveis de qualificação escolar e profissional agravada pelo sucessivo aumento da taxa de desemprego. Os resultados esperados têm por base poder alcançar as metas físicas.

A expectativa da ATAHCA e do seu corpo técnico, é cumprir as metas a que o Centro se propõe ou aproximar-se o máximo possível, contando sempre com possíveis condicionantes, tais como, desistências por motivos pessoais/profissionais, factor emigração, falta de oferta formativa adequada ao público-alvo.

A ATAHCA, mais propriamente o CNO, continuará a empenhar-se profundamente no seu êxito, a bem do desenvolvimento da região e da melhoria das condições de vida das populações.

O funcionamento do CNO conta, no que respeita à sua funcionalidade plena (atendimento, aconselhamento, formações complementares, etc.) com o apoio técnico - logístico dos recursos de alguns parceiros, pelo que sempre que seja necessário descentralizar a formação, esta será ministrada fora da sede da ATAHCA, tendo por objectivo abranger o maior número de utentes possível. Nestes casos destacamos a formação/acompanhamento ministrado em diversas juntas de freguesia, associações culturais e recreativas, entidades privadas, empresas e ainda em escolas dos diversos concelhos.

No entanto, e mercê da forte itinerância que se verifica no CNO, os técnicos e formadores efectuam diverso tipo de apoio/atendimento em horário pós laboral – entre as 19h e as 22h. Grande parte da intervenção do CNO da ATAHCA passa pela itinerância, uma vez que a área de intervenção abrange áreas isoladas, com ausência de transportes públicos adequados aos horários dos adultos acrescidos por dificuldades económicas dos mesmos. A itinerância é uma mais-valia para estas populações, caso contrário continuarão privados de aceder a uma nova oportunidade de qualificação/certificação. É política e estratégia da associação ir ao encontro da população aproximando-se desta, pois é assim que se consegue estabelecer cumplicidades e responder aos problemas da população do mundo rural, contribuindo assim, para estancar o despovoamento cumulativamente e consequentemente para a diminuição da desertificação.